Na edição do mês de Maio da Revista Harper's Bazaar kids, contamos nossa história e o caminho que o Colo oferece para apoiar pais e mães, no desenvolvimento de suas famílias. E fiquem atentos: a segunda turma do Programa de Acolhimento e Empoderamento Familiar acontece em Agosto. Acompanhem as novidades em nossas redes sociais e em nosso site.
Confira a matéria:
Quero colo!
O projeto de acolhimento e empoderamento coordenado por duas
jovens mães destaca um novo olhar sobre a convivência familiar
Por Fernanda Mattos
Começar uma família é uma decisão importante – e foi para criar
confiança e amorosidade para compartilhar, acolher e nutrir as
mulheres, que Mariana Gholmia, mãe da Serenna, de 4 anos, e
Tais Masi, mãe do Pedro, de 9 anos, e da Melissa, de 4 anos,
fundaram, em 2017, o Colo – Acolhimento e Empoderamento
Familiar.
A ideia é preservar a infância, atendendo às necessidades físicas e
emocionais da criançada.
“Para isso, o nosso propósito é contribuir para que os adultos, pais e mães, sejam acolhidos nos sentimentos, nas reflexões e nas transformações que a maternidade e a paternidade geram, e ao serem amparados, eles se fortaleçam nas suas próprias jornadas”, dizem.
O acolhimento pode ser iniciado desde a doulagem até às
orientações parentais e a nutrição dessa nova mulher. As rodas de
conversa buscam debater temas que envolvem as relações
familiares e as conexões sociais, resgatando o viver em
comunidade.
“Cuidamos de quem cuida para que tenhamos adultos disponíveis e que as famílias encontrem a forma mais saudável de ser.”
No ano passado, o Colo lançou a primeira turma do Programa de
Acolhimento e Empoderamento Familiar, que contou com a
participação de 15 famílias, num total de 60 pessoas que se
reuniram por seis meses.
“O projeto nasceu para honrar o passado, com o objetivo de reconhecer a nossa história como filhos e filhas. É o renascer no sagrado masculino e feminino, percebendo os padrões culturais que fazem parte de nós, a fim de manter uma cultura familiar, que respeita a individualidade de cada um de seus membros”, pontua a dupla.
*A segunda turma está prevista para acontecer em agosto deste
ano. colofamiliar.com
Como você tem cuidado da sua criança interior?
Por Tais Masi
Um dia, eu-adulta, já fui criança. O eu-mãe que sou hoje já foi uma
filha que amava muito sua mãe e que existia na medida em que ela
me olhava, me reconhecia, me nomeava. Todos somos assim:
vamos existindo internamente, aos poucos, com os contornos de
nossos pais e mães.
E eu, como toda criança, já tive medos. De ficar sozinha. Da minha
mãe não chegar. Medo por acreditar em algo que era só uma
brincadeira e me assustou de verdade. Medo de decepcioná-la. E
por mais que minha mãe fizesse, a criança que eu já fui, já se sentiu
abandonada e não amada. É inevitável.
Essa criança, que mora ainda dentro de mim, precisa ser cuidada.
Nosso “eu-criança” não vai embora com a chegada da idade. Segue
dentro de nós, como uma semente plantada. Ele precisa ser visto,
acolhido, nutrido. Seus sonhos precisam continuar sendo
alimentados e seus medos precisam ainda receber consolo, escuta
e encorajamento para seguir adiante.
Ignorar a nossa criança é ignorar também a fantasia, os sonhos, o
frio na barriga diante de um desafio grande. É neutralizar os
sentimentos que nos deixam vulneráveis porque achamos que,
assim como era quando crianças, estaremos em apuros por
depender de outros para nos cuidar. Mas crescemos e agora
precisamos dizer à nossa criança que somos capazes de apoiá-la,
que ela está segura e que ela é importante para que sigamos
adiante. Mostrar a ela que precisamos dela.
Sendo mães e pais, é apenas olhando para essa criança e
aprendendo a dialogar com ela que poderemos dialogar melhor
também com nossos filhos. Ao nos acolher, acolhemos as crianças
que chegaram e que agora dependem de nós como adultos
capazes de criar empatia com seus universos da infância e
estabelecer os limites seguros para que elas se desenvolvam.
@colofamiliar
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